sábado, 28 de agosto de 2010

Nova semana

O sino da igreja tocou exatamente às 18h. É interessante observar rito tão dogmático, gosto de ouvir esse som. Recorda-me a vida, e inevitavelmente o Criador. Sinto a renovação do dia e observo a contagem regressiva de minha existência. Sinto o prazer da conquista. Vitoriosa por mais uma luta diária pela sobrevivência. Sinto-me assim, sobrevivendo.

Falo em sobrevivência, mas não é esse tipo de vida que almejo. Não desejo o amanhã, almejo o hoje. O clamor caloroso daquela Sra. me marcou: "Esvazia-me, oh Deus meu. Esvazia-me." Quero voltar ao início de tudo, desejo ardentemente abrir os olhos, mas não consigo. Sozinha não consigo.

Preciso falar tantas coisas, existe agora a nova faculdade. Outras pessoas, novas experiências, mas é como se eu estivesse anestesiada, não pudesse, ou não conseguisse sentir o prazer da conquista. Afinal, foi em primeiro lugar, uma segunda graduação, a melhor nota da Federal. Um presente de Deus. Conquistas devem ser comemoradas, eu quero comemorar. E não consigo.

Sinto-me só agora. Ele sempre está sentado ao computador ouvindo sons estranhos. Depois a loucura é minha. Talvez o seja, mas não sou a única por aqui. A sanidade falta a todos... ao menos me reconheço, e quero mudar (será?).

Bem, isso já está parecendo caso de AA, mas não bebo. Minha droga são os pensamentos intermitentes, são as idéias loucas que me faz perder a noção... Eu já disse "Acorda! Você (eu) não é centro do universo." Lembrarei disso. Assim quero.

É isso tudo. Ou não é nada. Enfim, tudo ou nada é muito relativo. Deve ser algo entre o tudo e o nada, mediano.

Eu, tenha uma feliz semana. Desperta, levanta sacode o pó, quebre as cadeias. Se supere, seja forte, determinado, confiante. Você sempre será único. Não se deixe abater. Você nasceu para brilhar. Eu te amo. Obrigada por te chegado até aqui. Não desista de seguir seu Deus. Ame sua família, você sempre terá para onde voltar. Isso se chama "lar".

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Coisas da vida

Não falamos a ninguém sobre o lance do trabalho. Não cabe no espaço invisível que existe entre um diálogo e outro. São questões pessoais. E questões pessoais não devem e não podem sair do espaço pessoal. Definitivamente, alguns parentes são literalmente a mala sem alça que temos que levar. Espero que ele supere o constrangimento, e leve a cabo a filosofia da vaquinha.

Hoje recebi também uma boa resposta. Passei na prova que fiz mês passado, uma conquista. Enquanto respondia as questões eu me questionava "eu sei disso?" Glórias a Deus, eu estou muito grata. O poder é de Deus.

Amém Senhor. Seja com meu esposo, não gosto de vê-lo triste.

sábado, 17 de julho de 2010

O sonho

Essa noite tive um sonho muito estranho. Estava em um local em busca da minha mãe, havia uma presença malígna querendo lhe fazer mal, literalmente tirar sua vida. Eu a procurava em todos os lugares, mas sabia que ela estava escondida. No meio do sonho saíram duas espadas da minha boca. Cada espada tinha brilhantes e era bifurcada, mas parecida com uma adaga, em uma estava escrito "Leão dos leões" e na outra o símbolo da balança, semelhante ao signo de libras (tudo em brilhante). Entreguei a com símbolo do leão para minha irmã, e fiquei com a de libras. Logo atrás, a alguns metros, estava um homem com uma espada com pedras vermelhas e o simbolo de escorpião. Essa espada simbolizava o mal. Na minha frente surge a figura da mãe, já sem fôlego de vida em uma proteção de vidro. Eu me aproximei da proteção, e chorando clamei a Deus que me desse o poder para lutar contra o mal que a havia roubado a vida. Ela voltou a viver, ainda fraca, mas seus olhos deram sinal de vida.

Bem, ao amanhecer fui pesquisar sobre sonhos com signos, espadas. Como não sou uma pessoa ligada em signos, estranhei muito o sonho com signos. Para minha surpresa lembrei do livro de apocalipse. Ao pesquisar encontrei a referência a espada que sairá da boca de Cristo, no momento da sua segunda vinda.

Estarei atenta as próximas semanas. Certamente esse sonho tem muito mais a me dizer do que posso imaginar.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sinto-me...

No pó. Estou exausta. Cada centimetro do meu corpo dói. Pés, braços, pernas... Isso não é bom. Nada bom. Não consigo deixar de pensar um minuto sequer. Vou enlouquecer. Eu tento, mas minha mente está tendo uma chuva de pensamentos acelerados e desconexos. Preciso relaxar e não sei como. Estou a ponto da loucura. Quero silêncio, minha mente quer silêncio. Mas ela não pára de gritar, gritos que ecoam na minha alma... Isso é insuportável. Quero silênciar. Não aguento mais.

Hoje saí da linha. Briguei muito feio, reclamei e falei coisas severas demais com eles. Caramba. Quero fugir. Estou na pior.

Que droga.

Preciso de um livro para ler urgentemente. Preciso de paz. Quero paz para viver, quero viver com qualidade... Eu quero fugir de mim. Quero fugir daqui. Eu quero... não sei o que quero.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Um dia comum


O dia foi tranquilo. Ela saiu do hospital, graças a Deus. As aulas foram boas... Machado de Assis foi apresentado a alguns, apreciado por poucos, mas fiz um bom trabalho. E eles também.

Mais uma aluna grávida. Elas parecem não entender. Não sei dizer ao certo, mas é a terceira grávidez em meses, e sempre sou a primeira a saber. Já estou ficando preocupada. O índice é alto, preciso ler mais sobre isso.

Estou cansada e com sono. Amanhã tenho planejamento. Vou dormir.

domingo, 11 de julho de 2010

Coisas da vida


Recordo-me do dia da formatura. Disse eu, com a certeza das certezas - Jamais lecionarei! - Faça-me o favor... Não existe certeza de nada nessa vida.
Alunos. Tenho cativado alguns, mas para outros sou motivo de puro asco. Por vezes isso me incomoda. Contudo, na maioria das vezes deixo de lado a necessidade egóica de ser "o centro do mundo" e caio em mim. Nem Cristo agradou a todos. Certamente não serei eu a tentar tamanha proeza.

Hoje estou entediada. Para variar. Já chegou o inverno e estamos com cara de início de outono. Dias quentes, noites anemas. As árvores já começam a estampar no horizonte a paisagem by "cartão postal". Gosto disso. Eu gosto de outono, afinal, sou fruto direto dele. Talvez por isso me atraia tanto.

Preciso dizer como me sinto agora. Gorda. Gorda. Gorda. Minhas costas parecem um vestido de casamento, claro, dos bregas, cheio de babados. Meu quadril lembra esses de filme de comédias, onde a tia da prima da avó chega e não consegue passar na porta....ahhhhhh Não estou nada bem. Odeio quando falam no trabalho que estou um "mulherão". Sei que é deboche. Ninguém que veste 46 pode ser tachada de mulherão, somente no sentido pejorativo. Ando ocupando duas vagas.... Que péssimo.

Minha reticências tem quatro pontos, minha cama já tem que ser king, e minha cachorra parece cada dia mais uma minuatura ao sair do meu lado. Hoje passeou divertidamente por Ipanema.... Interessante foi observar o interesse dos franceses em sua beleza única "Oh, belle..." E ela toda, toda. Minha cachorra é oferecida. Sem problemas, hoje fui a dona antipática, dessas que ignora todos os elogios para seu animal, afinal, saí apenas para tirar seu stress. E o meu.

Minha princesa ainda está internada, embora seu quarto no hospital seja quase do tamanho do meu ap, sei que está péssima por permanecer lá a quase uma semana. Sem diagnóstico, sem tratamento lógico... enfim... a base de soro. Eles já devem ter certeza que soro cura mais que qualquer remédio. Ninguém deixa uma criança no soro por uma semana sem ter a certeza que isso cura, mesmo se eles não souberem curar "o quê".

Vou dormir. Ou tentar. Ontem tomei o remédio da minha mãe. Fiquei um pouco chapada, mas consegui dormir. Amanhã tenho aula para dar, alunos para olhar, e enfim... Superar um dia a mais.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Retorno

Inevitável não pensar em uma comédia. Alguns retornos são comédias. Os meus são.

O dia cai. A chuva não cessa e a TV aproveita a enxurrada de água para trazer, a sua moda, nova enxurrada de informações contraditórias. Ao fim, a única certeza que tenho é que a chuva levou vidas, casas e acasos. A chuva vai e os problemas ficam (estão arraigados).

Estou com "pulgas" atrás de ambas as orelhas. Afinal, quais serão as providências, a médio e longo prazo, que nossos governantes tomarão, visando a resolução dos problemas causados pelas chuvas torrenciais que inundam o Rio de Janeiro? Fechar as comportas do céu acho que está fora de cogitação.

Em março último, a cidade do Rio de Janeiro sediou o "V Fórum Urbano Mundial", um espaço que poderia ser sido palco para importantes debates, na busca por soluções plausíveis para o caos urbano que enfrentamos. Contudo, não houve sequer informação midiática sobre o evento. Eu andei por lá, como um elemento invisível e estranho a minha própria terra natal. Acessos, informações, cartazes e tudo mais em inglês. Tradução carente de qualidade, debates superficiais... aff... O que realmente ficou para o Rio? Não tenho respostas.

Começo a repensar a questão das comportas do céu...

A chuva persiste após 25 horas ininterruptas. Amanhã nos restará recolher a lama e retornar à vida, após o dia que "não foi".

"1 minuto de silêncio pelas vítimas"...