terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um dia Feliz

Um dia feliz as vezes é muito raro, falar é complicado, quero uma canção...

AHHHHHHHHHHH, GRAÇAS A DEUS!!!! VITÓRIA!!!!!

Estou feliz, grata a Deus, a família, a mimmmmmmmm mesma!!!!!

Fui, vi, lutei e venci. Ahhhhhh, Glória a Deussssssssssssssss.

domingo, 3 de agosto de 2008

ACABOU

Fica o cordão, o anel de três voltas, as argolas, o coração vermelho, a lua azul e o pingente de cristal.
Sem maiores dívidas.
0 X 0
Não prometa o que não pode ou não deseja cumprir.
Agora siga bem ou vá a merda.

Tanto faz.

As malas


Sempre é possível aprender algo nas viagens alheias. Ando viajando pouco e sofrendo horrores. Por favor, alguém tem remédio para alma abatida???

Estou saturada. Sinto cansaço, vontade de desistir e também de deixar a porta fechada. Tenho procurado e nada tenho encontrado, nem em livros, nem nas pessoas, muitos menos nas memórias ou nos armários. Olhei para meu umbigo e procurei algo dentro de mim... putz, que besteira. Nada encontrei a não ser velhos conceitos estruturando construções vazias e inacabadas de uma vida medíocre. Ah Salamanca, ah Grécia, quando encontrarei em suas catedrais e ruínas um momento só meu?

Quer saber do que mais? Irei a praia, detesto praia mas irei assim mesmo. Farei algo diferente neste domingo tão igual a outro qualquer. Depois farei as malas, quem sabe não entro em uma e me despacho no vôo errado. Quem sabe...

É só isso.

domingo, 27 de julho de 2008

O estatuto do homem - Thiago de Melo

(Ato Institucional Permanente)
A Carlos Heitor Cony

Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade. agora vale a vida, e de mãos dadas, marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana, inclusive as terças-feiras mais cinzentas, têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
Artigo III
Fica decretado que, a partir deste instante, haverá girassóis em todas as janelas, que os girassóis terão direito a abrir-se dentro da sombra; e que as janelas devem permanecer, o dia inteiro, abertas para o verde onde cresce a esperança.
Artigo IV
Fica decretado que o homem não precisará nunca mais duvidar do homem. Que o homem confiará no homem como a palmeira confia no vento, como o vento confia no ar, como o ar confia no campo azul do céu.
Parágrafo único:
O homem, confiará no homem como um menino confia em outro menino.
Artigo V
Fica decretado que os homens estão livres do jugo da mentira. Nunca mais será preciso usar a couraça do silêncio nem a armadura de palavras. O homem se sentará à mesa com seu olhar limpo porque a verdade passará a ser servida antes da sobremesa.
Artigo VI
Fica estabelecida, durante dez séculos, a prática sonhada pelo profeta Isaías, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos e a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
Artigo VII
Por decreto irrevogável fica estabelecido o reinado permanente da justiça e da claridade, e a alegria será uma bandeira generosa para sempre desfraldada na alma do povo.
Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor sempre foi e será sempre não poder dar-se amor a quem se ama e saber que é a água que dá à planta o milagre da flor.
Artigo IX
Fica permitido que o pão de cada dia tenha no homem o sinal de seu suor. Mas que sobretudo tenha sempre o quente sabor da ternura.
Artigo X
Fica permitido a qualquer pessoa, qualquer hora da vida, uso do traje branco.
Artigo XI
Fica decretado, por definição, que o homem é um animal que ama e que por isso é belo, muito mais belo que a estrela da manhã.
Artigo XII
Decreta-se que nada será obrigado nem proibido, tudo será permitido, inclusive brincar com os rinocerontes e caminhar pelas tardes com uma imensa begônia na lapela. Parágrafo único: Só uma coisa fica proibida: amar sem amor.
Artigo XIII
Fica decretado que o dinheiro não poderá nunca mais comprar o sol das manhãs vindouras. Expulso do grande baú do medo, o dinheiro se transformará em uma espada fraternal para defender o direito de cantar e a festa do dia que chegou.
Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade, a qual será suprimida dos dicionários e do pântano enganoso das bocas. A partir deste instante a liberdade será algo vivo e transparente como um fogo ou um rio, e a sua morada será sempre o coração do homem.
Santiago do Chile, abril de 1964

sexta-feira, 4 de julho de 2008

One moment, please...


Só um momento

nada mais

Verdades tão suas

Mentiras de todos


O que é real?

Nossa lua não é mais azul

Vermelho carmim

O céu sangra


Ninguém, ninguém

tiraria você de mim

A não ser você

Só você pôde


terça-feira, 1 de julho de 2008

Divagações

Estou com um peso nas costas. Coisas da idade. Tentei mira-me ao espelho, entretanto o reflexo recusou-se a encarar-me a face. Como ousa??? Ele não ousa, as coisas são o que são... ou não.

Hoje não ouvi nada, permaneci surda, cega e alheia. Não... houve o Rodrigo ou Fábio... não lembro mais. A idade... minha memória já não é a mesma. Enfim, Rodrigo ou Fábio, fez alguma bobagem. Dois anos... desta vez eu juro que não fiquei curiosa, e também não perguntei. Espero que ele não abandone os sonhos, a ONG, os projetos... Estava cansada, teria motivado mais, ou dado mais crédito as suas palavras. Mas não... Não voltarei mais.

Hoje sou uma interrogação... Ah, seus olhos são lindos... hahahahha. Tanto faz, eu não gosto de longas viagens mesmo...kkkkk, uma semana é muito tempo. Eu não fico tanto tempo assim. Nunca fiquei. Tenho prazo de validade...rsrsr, e você também.

Nada político ou filosófico... Qual era o nome do livro do unicórnio??? Putz... A comida não estava boa, as paredes eram brancas e amarelas. O cabelo da diretora também. Os quadros do Santana, lindos, queria todos, e também as dobraduras, depois, não recordo mais nada. Teve o leite... não devo tomar mais leite... sabe como é, a idade...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Nuanças acinzentadas

Escreverei por nós. Por nós dois e por todos nós. Escreverei porque falar já não adianta. Escreverei para tomar coragem. Eu temo tudo. Eu não temo você. Eu temo a todos e todas, inclusive a mim. Mas, não temo você. Eu gosto de você. Gostei de cara, você é meu Y, intelectualmente falando, se é que me entende...

Ontem não haviam tantas paredes cinzas, nem tantos olhares tristes, exceto um. Ele se calou, pedi que não ficasse triste. Inútel. Trouxe a tristeza dele comigo. Mas ri, "hidrogenar a lua"... você precisava estar lá... Enquanto riríamos, e depois... choraríamos juntos, talvez.

Estou com gosto acre na boca. Estou fria, com cinzas de dias tristes nos olhos. Dias frios, paredes cinzas e olhares tristes. Dias e dias. Não sou a mesma. Direitos Humanos. Tão frágeis, tão ideológicos, tão ignorados.

Hoje me pergunto
presa em pensamentos
e conflitos...
Eu choro por quem fez chorar.
Eu choro porque ousei ouvir a outra parte, mas não posso esquecer que esta também fez chorar.
Talvez tivesse sido lágrimas minhas, ou dos meus amados;
Se fosse um corpo, por mim amado, e desarmado, estendido ao chão, teria eu chorado com eles?

Somos todos iguais. Ninguém é inocente, ninguém pode dizer "eu não faria"... Eles fizeram, e pagam por isso, não esquecem, não há paz. A falta da liberdade, a inconstância, o medo da sociedade... alguns não dormem. Eu também não tenho conseguido me deitar e esquecer das paredes frias, dos olhares cinzas, dos dias tristes.

Quero fazer algo, mas não sei como. Eu prometi ontem para aquele senhor, um estranho, sem nome, uma voz, sem nome... eu te ouvi, quero que também te ouçam. Eu prometi...

Eu tenho que fazer algo, mas como? Vem comigo, me ajuda. Se fossemos dois, três, ou mais, talvez...

Tenho medo.

domingo, 27 de abril de 2008

Sempre a Razão...

Sempre a Razão vencida foi de Amor;
Mas, porque assim o pedia o coração,
Quis Amor ser vencido da Razão.
Ora que caso pode haver maior!


Novo modo de morte e nova dor!
Estranheza de grande admiração,
Que perde suas forças a afeição,


Por que não perca a pena o seu rigor.
Pois nunca houve fraqueza no querer,
Mas antes muito mais se esforça assim


Um contrário com outro por vencer.
Mas a Razão, que a luta vence, enfim,
Não creio que é Razão; mas há-de ser
Inclinação que eu tenho contra mim.



Autoria: LUÍS DE CAMÕES

terça-feira, 22 de abril de 2008

Focinheiras

Começar uma carta por vezes parece bem mais complicado do que realmente é. Queria lhe escrever para dizer o que ontem se passou comigo, uma bobagem cotidiana, dirá alguém, não fossem as tragédias passadas, talvez tivesse passado em branco.

Caminhava eu em ruas tranqüilas (o feriado assim permite) quando deparei-me com uma jovem sendo conduzida por seu Pitt Bull (imagine agora a trilha sonora de Hitchcock, a cena do chuveiro). Putz, o "dócil" cão teve o poder mágico de tirar todos os transeuntes da calçada. Que bela cena: A dona da rua com seu "amistoso" guarda-costas. Situação memorável.

Imediatamente procurei o primeiro telefone público e liguei para 190 (Polícia), o atendimento foi rápido, do outro lado da linha uma voz feminina, gentilmente pergunta no que pode ser útil (gostei disso).

- Por favor, estamos na rua X e uma jovem transita com seu cão da raça Pitt Bull, o mesmo está praticamente sem controle, apenas seguro em uma frágil coleira, ele está sem focinheira, e... (Interrompida, quando tentava completar o relato)

- Senhora, o cão está na coleira, a focinheira não é obrigatória. Não podemos interferir, ao menos que ele avançe em alguém. (A voz explicou docemente)

- Como assim??!!! O cão está descontrolado, mal consegue ser conduzido, num ataque seria impossível contê-lo, e chamar a polícia em tempo hábil... por favor, por favor... (Minha mente gritava essas palavras, mas eu não disse nada). - Obrigada. Apenas agradeci, desapontada.

Algum dia desses me pegarei comprando uma focinheira, visto que os que devem usar, não são obrigados a isso. Além das grades da minha janela, dos carros blindados, dos alarmes nas casas, em breve, também usarei focinheiras.