
Ontem não haviam tantas paredes cinzas, nem tantos olhares tristes, exceto um. Ele se calou, pedi que não ficasse triste. Inútel. Trouxe a tristeza dele comigo. Mas ri, "hidrogenar a lua"... você precisava estar lá... Enquanto riríamos, e depois... choraríamos juntos, talvez.
Estou com gosto acre na boca. Estou fria, com cinzas de dias tristes nos olhos. Dias frios, paredes cinzas e olhares tristes. Dias e dias. Não sou a mesma. Direitos Humanos. Tão frágeis, tão ideológicos, tão ignorados.
Hoje me pergunto
presa em pensamentos
e conflitos...
Eu choro por quem fez chorar.
Eu choro porque ousei ouvir a outra parte, mas não posso esquecer que esta também fez chorar.
Talvez tivesse sido lágrimas minhas, ou dos meus amados;
Se fosse um corpo, por mim amado, e desarmado, estendido ao chão, teria eu chorado com eles?
Somos todos iguais. Ninguém é inocente, ninguém pode dizer "eu não faria"... Eles fizeram, e pagam por isso, não esquecem, não há paz. A falta da liberdade, a inconstância, o medo da sociedade... alguns não dormem. Eu também não tenho conseguido me deitar e esquecer das paredes frias, dos olhares cinzas, dos dias tristes.
Quero fazer algo, mas não sei como. Eu prometi ontem para aquele senhor, um estranho, sem nome, uma voz, sem nome... eu te ouvi, quero que também te ouçam. Eu prometi...
Eu tenho que fazer algo, mas como? Vem comigo, me ajuda. Se fossemos dois, três, ou mais, talvez...
Tenho medo.
1 comentários:
Revirando...
Essa experiência tem sido importante para você ou vocês, seja lá quantos forem ou quantas forem...
Vivenciar da maneira mais dura a realidade de pessoas que sofrem e fizeram sofrer a seus semelhantes não é lá o que nós gostaríamos de viver...
É estranho como nos apegamos a questões tão pequenas e mesquinhas e como nos vitimizamos... sempre nos colocamos na posição de vítimas, nunca somos responsáveis pelos nossos próprios atos e decisões. Isso é um grande equívoco!
Somos todos e todas responsáveis por tudo que acontece e deixa de acontecer, afinal quem pintou as paredes de cinza?
Também não sei o que fazer, existe um versículo em Provébios que diz que devemos levantar a nossa voz a favor daqueles que não podem falar, mas ao mesmo tempo sinto-me como Moisés diante da presença de Deus expressando a sua mudez diante da missão que o Senhor lhe confiara...
É melhor obedecer do que sacrificar. Isso é fato.
Devemos pensar sobre o que realmente importa.
O que realmente importa?
Essa é uma pergunta que faço a mim mesmo quase todos os dias, "o que realmente importa?"
"Viver é muito perigoso." Esse é um risco que corremos todos os dias: o viver.
O apóstolo Paulo disse que para ele "o viver é Cristo e o morrer lucro." Quero um dia chegar a essa consciência de Paulo.
A nossa existência só terá sentido se essa afirmação de Paulo se tornar verdade em nossa vida.
Aí sim saberemos o que fazer!
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